Dentistas são capazes de identificar diabetes precocemente
Uma visita ao dentista pode ajudar a identificar problemas que vão além dos relacionados com a saúde oral. Segundo investigadores norte-americanos, o dentista é capaz de identificar casos de diabetes ou pré-diabetes em pessoas que ainda não foram diagnosticadas.
Realizado na Columbia University College of Dental Medicine, o estudo envolveu 600 pessoas, com idade mínima de 30 anos, sem diagnóstico para a doença.
Cerca de 530 pacientes com pelo menos um factor de risco adicional de auto-relato de diabetes, como, por exemplo, histórico familiar da doença, colesterol alto, hipertensão e excesso de peso ou obesidade, receberam um exame periodontal e o teste de hemoglobina A1c - o exame da ponta do dedo.
Para avaliar e comparar o desempenho de diversos protocolos de identificação potencial, os participantes do estudo realizaram um teste em jejum da glicose. Os resultados mostraram que exames de dois parâmetros dentais – o número de dentes perdidos e o percentual de bolsas periodontais – em pacientes odontológicos com fatores de risco, foram eficazes na identificação de pacientes com diabetes e pré-diabetes não diagnosticada.
Abaixo: Estudo publicado na Revista de APS, uma publicação científica, trimestral, do Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde – NATES e Mestrado de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade – SBMFC e Rede de Educação Popular e Saúde - REDEPOP.
O cuidado odontológico do paciente portador de diabetes mellitus tipo 1 e 2 na Atenção Primária à Saúde
RESUMO
O Diabetes Mellitus (DM) representa um problema pessoal e de saúde pública com grandes proporções quanto à magnitude e à transcendência, apesar dos progressos no campo da investigação e atenção aos pacientes.1 Sua ocorrência vem aumentando, sendo que, em 2030, 300 milhões de pessoas terão tal distúrbio metabólico, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).2 Configura-se, hoje, como uma epidemia mundial, atingindo mais de 135 milhões de pessoas3 e traduzindo-se em grande desafio para os serviços de saúde. Assim, ações voltadas para a prevenção e controle da DM são fundamentais para a saúde em todo o mundo.
O presente estudo tem como objetivo a construção de um protocolo de atendimento clínico ao paciente odontológico portador de (DM) na Atenção Primaria à Saúde (APS), baseando-se em uma entrevista aplicada aos Cirurgiões-Dentistas do Serviço de Saúde Comunitária (SSC) do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Um total de 11 odontólogos contratados foi entrevistado, representando 52% do total de cirurgiões-dentistas contratados. A entrevista serviu de instrumento para avaliar o conhecimento sobre o cuidado do paciente portador de DM e, a partir das respostas encontradas, percebeu-se a necessidade da criação de um protocolo voltado à atenção odontológica desses pacientes. Assim, realizou-se busca de artigos científicos na base de dados PUBMED, Cochrane e Scielo e em livros atualizados sobre o tema. A grande demanda desses pacientes na APS e a importância do controle do distúrbio exigem métodos que favoreçam a aquisição de conhecimento e atendimento adequado e resolutivo dos diabéticos pelos cirurgiões-dentistas.
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